Você conhece a história da omelete com bacon?

Não conhece! Vou lhe contar.

Como você faz uma omelete com bacon? Você precisa de ovo e de bacon.

Quem dá o ovo? A galinha, que bota o ovo e segue sua vida. E quem dá o bacon? O porco, porém para ele fazer isso, ele precisa morrer, porque só assim ele consegue dar o bacon.

Quem é você? A galinha ou o porco?

Aposto que, muitas vezes, você é o porco, “morrendo” para dar vida ao outro, vivendo em função do outro, esperando ele lhe reconhecer ou valorizar ou mesmo, te dar aquilo, que tanto gostaria.

Quantas vezes na vida, você brigou ou discutiu com o outro, porque não queria que ele ou ela fosse assim ou fizesse as coisas assim. Você não queria que ele bebesse ou fumasse, nem que fosse ríspido desse jeito, nem que te desconsiderasse dessa forma. Mas, ele é.

E ao invés de você, pegar o que ele tem pra lhe oferecer e ir buscar o que lhe falta; ao invés de você dar a ele, apenas o que você pode dar, sem morrer, você esquece de você, você se “mata”, como o porco, para dar vida ao outro ou a algo; ou o pior, você “morre” esperando ele, dar vida à você.

Quantas vezes, você não buscou o que queria, não foi aquilo que gostaria ou falou que não podia ou nem falou, se calou, por causa do outro.?

Quantas vezes você não agiu como o porco? Tenho certeza que várias. Ah, Ana, mas se eu não fizer pelo outro, não estarei sendo egoísta?

Ser a galinha é ajudar o outro, é fazer por ele, é ajudar, cooperar, mas sem que você tenha que morrer por isso. Ser a galinha é dar apenas aquilo que pode, é fazer e existir ao mesmo tempo; é ajudar o outro, mas ter como prioridade, você.

Guarde aí: fazer e existir. Não é não existir. Não é se doar, sem poder viver. Não é ou, é sim e. Você não tem que viver para você ou viver para o outro, você não tem que trabalhar e não viver, você não tem que ir com seu marido na sua sogra e não ir no cinema que você tanto gosta. Você pode ir na sua sogra e depois ir no cinema ou ir no cinema e depois encontrar seu marido na sua sogra. Você pode trabalhar o dia todo e fazer algo por você no final, como ir na academia, tomar um café na padaria….

Ana, não dá tempo, porque tenho criança pequena e tenho que voltar para casa para fazer as coisas. OK! Volte, não dá mesmo para ir na academia, mas dá para você ler um livro, uma página sequer, porque você gosta e não faz.

Tire a palavra ou da sua vida. Não existe ou você faz isso ou faz aquilo. Você pode fazer isso E aquilo, porque você pode existir da mesma maneira que você á vida ao outro e dar vida ao outro, foi uma escolha sua, porque no fundo, você espera que esse outro também dê vida a você.

Espera que ele te considere, te valorize e reconheça. Pode até ser que ele faça, mas, na maioria das vezes, a pessoa que se dá, não recebe nada em troca. Para você dar e receber, você precisa existir para você, primeiro. Mas, sendo apenas o porco, não tem como receber nada de ninguém.

Pare de ser o porco na vida do outro. Passe a ser a galinha na sua vida. Isso é viver.

Mesmo porque, quando você passa uma vida, fazendo como o porco, quando o outro, para o qual você deu sua vida, vai embora, você descobre que nunca existiu, você vive o desabamento da sua existência e isso, lá na frente, te causará o Alzheimer.

Pertença-se. Dê primeiro a você, depois ao outro. Mas, para você conseguir isso, você precisa se enxergar, se ver, para daí conseguir se priorizar.

Venha, em uma sessão, eu te ajudo com isso. Tenho certeza que ser galinha, mudará sua vida. Você começará a viver e não morrerá, como o porco, nunca mais.

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